O Brasil é o maior produtor de café do mundo, e esse posto não foi dado sem nenhum motivo, já que essa é uma das bebidas mais consumidas no país. Aonde quer que você vá, vai encontrar alguém bebendo aquele cafezinho independentemente da hora do dia. O café é uma bebida que une as pessoas e transmite aquela sensação de estar em casa. Não existe nada melhor do que um café fresquinho acompanhado de um pedaço de bolo — você com certeza já consegue sentir o cheiro.
Para algumas pessoas, gostar de café vai além de consumir a bebida todos os dias de manhã. Alguns amam tanto a bebida que gostam de entender cada processo que envolve a fabricação do café, indo desde o plantio até o processo de torrefação dos grãos, sendo essa a parte principal da produção de café.
Muitas pessoas prestam atenção nas características sensoriais do café, que são determinadas pelo modo como é feita a torra do grão. Cafés especiais são feitos de uma maneira diferente para que o sabor seja mais acentuado e perceptível em cada gole, mas isso não significa que os outros cafés não sejam bons. O processo de torrefação costuma ter três etapas essenciais para que o grão esteja corretamente pronto para ser comercializado.
Confira abaixo quais são as etapas de torrefação do café para que ele chegue ao resultado final que já conhecemos.
Fase um
No primeiro passo para a torrefação do café, os grãos são levados para o torrador, um equipamento misturador que funciona à base de gás. Ele é o responsável por realizar a secagem e também o cozimento das partículas que constituem o grão do café. O torrador é uma máquina que contém cilindros que estão em movimento contínuo para que a torra seja sempre uniforme. O misturador da máquina também impede que os grãos queimem ou acabem grudando uns nos outros.
Fase dois
Depois de torrados, os grãos de café têm a sua umidade significativamente reduzida, e é aí que eles vão para a fase dois da torrefação. Por terem perdido umidade, os amidos contidos nos grãos se transformam em açúcar e as proteínas sofrem uma decomposição. Isso significa que quanto maior o tempo de torra mais a estrutura celular do grão vai sofrer alterações. A predominância dos óleos dos grãos e a mudança na cor são o que mais influencia no aroma e no sabor que o café vai ter.
Fase três
Quando os grãos atingem o tom de marrom escuro, eles são retirados do torrador, e é nesse momento que a temperatura dos grãos deve ser reduzida usando um resfriador. O padrão de grãos torrados é basicamente dividido entre: grãos claros, grãos leves, grãos médios e grãos escuros. No processo de torrefação, é fundamental que a temperatura seja monitorada para que se possa alcançar o padrão específico que é esperado.
Tempo de torrefação do café
Podemos dizer que o tempo mínimo de uma torrefação é de sete minutos, e é esse tempo que determina os grãos claros. Para grãos escuros, o tempo muda para no mínimo quinze minutos, são esses grãos que dão origem aos cafés mais fortes e encorpados. Existe também o processo de torrefação intermediária, que vai de nove a onze minutos e resulta em um café um pouco mais encorpado, chamado de torrefação urbana. Além disso, existe a torrefação de doze a treze minutos, que dá origem a grãos escuros e com um sabor delicioso.